Apresentação


Ao Mulheres no Medievo cabe o papel de promover uma ampliação dos conhecimentos que se tem a respeito do papel feminino no medievo, problematizando a situação das mulheres através de imagens, músicas, filmes, jogos e textos utilizando alguns pensadores para se fazer refletir temas mais abrangentes sobre o tempo médio. A exemplo da reflexão do capítulo "A Mulher e a Família" no livro "O Homem Medieval", que ao utilizar a palavra "homem" refere-se a estrutura social e as pessoas que compuseram a Idade Média, traremos um pouco do imaginário da mulher no período. É de se destacar que as senhoras não tiveram seus próprios espaços de atuação política e jurídica, ao menos pelo que se pode entender quase nada atuaram diretamente nesses setores, sendo reduzidas a suas relações com alguns grupos e a sua prática sexual, ou melhor, a sua falta de prática,  "A mulher define-se como «esposa, viúva ou virgem»." ( LE GOFF et AL, 1989, p.18). O livro trata do feminino como atuante do lar, protagonista da "ordem familiar" e poço de fecundidade, o que reforça esse símbolo de dona de casa, diz também que este grupo será responsável por cumprir suas obrigações, devendo fidelidade ao seu cônjuge, devendo-lhe também o respeito e exercendo poder central apenas em sua casa. É previsível que no decorrer do século V ao XV, período em que se passa a Idade Média, mulheres sejam ativas nas demais áreas e situações, rompendo em alguns casos com este imaginário, mas é de muita relevância entender como esta sociedade pensa a função deste grupo e quais possibilidades dentro dessa estrutura em que foram ou poderiam ter sido rompidos esses padrões de mulheril, havendo lugar também para reinterpretação desse exercício pré-estabelecido.

A Virgem de Lucca
Pintor Jan Van Eyk, pintura a óleo sobre tela. Originária dos anos de 1432 a 1441.
(Imagem Ilustrativa). Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucca_Madonna
Referência Bibliográfica:

KLAPISCH-ZYBER, Christiane. A Mulher e a Família in:  LE GOFF, J. (org.). O Homem Medieval. Lisboa. Editorial Presença, 1989. p. 193-211.

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